Gobo. Digital Glossary
Akhe Theatre (Rússia)
21 Out · 21h30
TMP Rivoli – Grande Auditório Manoel de Oliveira
60' · M12
Legendado PT/EN
Encenação Yana Toumina
Interpretação e objetos Maxim Isaev, Pavel Semchenko
Vídeo Oleg Mikhailov, Maria Nebesnaya
Som Denis Antonov
Luz Alexandr Kurganskiy
Direção Vadim Gololobov
A patética peça-laboratório "Gobo. Glossário Digital" é uma coleção de instalações ou mini-performances numa só.
Organizadas numa estrutura clara, criam no espectador a sua representação acerca do Gobo (Herói inexistente, que nos remete para Godot, embora os autores do espetáculo não pretendessem criar uma relação óbvia) de modo a que o público o veja como é – inocente e ferido. Patético e desesperado. Sentimental e impetuoso. Para ver o Gobo mais claramente, precisamos de olhá-lo através dos entediantes objetos escolhidos.
É permitido a estes objetos falarem ironicamente a propósito do Gobo e são o exemplo clássico do Nada (coisas não materiais). Assim, escorregam vagarosamente pelo poste metálico, tilintam na máquina de lavar e denominam-se orgulhosamente como "Linha do Gobo".
Para os atores, encantados por esta falta de pudor, nada se mantém. Passam a jogar imitando as regras dos objetos. Assim toda a construção do "Glossário" é convertida num simulacro: a cópia que não tem um original.
O AKHE Group foi fundado em 1989 por três artistas: Maksim Isaev, Pavel Semtchenko e Vadim Vasiliev, membros do glorioso teatro de Boris Ponizovski - "Yes - No".
Trabalhando em St. Petersburgo, na famosa Pushkinskaja-10 – o centro da cultura independente do início dos anos 90, - os membros do grupo anunciaram o seu teatro como independente em termos de estilo e forma e iniciaram a sua actividade no campo da performance, do cinema e das belas artes que lhes trouxeram fama e fortuna em St. Petersburgo e na sociedade artística moscovita.
Em meados da década de 90, Vadim Vasiliev deixa o grupo. Desde essa altura, Maksim Isaev e Pavel Semtchenko consideram-se como um colectivo de teatro, criado para o palco normal (em termos clássicos), convidando atores profissionais para as suas performances. Desde aí o grupo é presença assídua em festivais de teatro na Rússia e no estrangeiro. Os membros do grupo participam em diferentes projetos de teatro com outras companhias de teatro russas (Slava Polunin, Derevo, Formal Theatre) e estrangeiras (Lantaaren (Países Baixos), Toihaus (Áustria), Project Teatr e Kampnagel (Alemanha) Theatre de Poudrier (Suíça).
Em 1999, Yana Tumina (a actriz dos primeiros filmes do Akhe) regressa ao grupo. Em 2000 e 2001, Vadim Gololobov e Andrey Sizintsev (antigos membros do Derevo) juntam-se-lhes e, aproximadamente desde essa altura, o teatro tem uma equipa permanente e chama-se "AKHE" – Teatro Russo de Engenharia.
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